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Portuguese people edit

Olá Vieirasimoes! Presumo que sejas português, por isso escrevo em português. É sobre a nossa pequena altercação no artigo Portuguese people (já agora não é muito bom fazer assumpções sobre o nível de conhecimentos, históricos ou outros, de outro wikipédico... nunca se sabe com quem se está a falar!).

De facto vi que tinhas retirado os Gregos (concordo, mesmo o Mattoso afirma, contra todos os mitos que circulam em Portugal, que não existiram colónias gregas por cá). Já agora também se pode retirar os Fenícios-Cartagineses. A sua presença no território português ou não está atestada ou é absoltamente residual. Em relação aos primeiros há concerteza fortes influências culturais por via comercial, particularmente no Algarve (veja-se Tavira, onde existiria mesmo o estabelecimento de uma pequena elite de origem fenícia - [1]) embora se encontrem artefactos e influência até à zona de Lisboa (ou, se quisermos falar de outros países, até à Grã-Bretanha!). Em relação aos segundos, não só também não houve estabelecimentos coloniais, como as andanças pela Peninsula durante as Guerras Púnicas não podem ser contabilizadas como influências demográficas de relevo. Dando uma olhadela no mapa etno-linguístico da Peninsula Ibérica ([2]) apresentado no site do Campo Arqueológico de Tavira tudo isto que aqui digo fica bem patente.

Em relação ao aspecto que é mais "controverso" entre nós, a questão dos Judeus e dos Africanos Sub-Saharianos, não se trata de saber se em algum momento da história se verificou ou não a sua presença em território português. Claro que se deu! A questão, para mim, está em que a afirmação de que os Judeus e os Africanos foram uma influência na constituição étnica do povo português não é uma afirmação que possa ser feita fora do contexto histórico que essas afirmações tiveram no passado. Repara que não tenho nada contra Judeus e Africanos e se, de facto, fossem influências marcantes na etno-demografia portuguesa não teria problemas em o afirmar. A questão é que esse tipo de afirmações foram e são usadas para diminuir o carácter europeu dos portugueses. Foram e são usadas por racistas, particularmente de tipo nordicista, que sempre pretenderam diminuir os povos sul-europeus. Vê: todos os europeus têm, nos últimos 500 anos, antepassados judeus e negros em maior ou menor grau! Qual o impacto das populações judias nos Alemães, Polacos e Russos? Qual o impacto das populações negras de origem colonial nas populações inglesas e francesas? E já agora qual o impacto das populações ciganas nos povos do leste europeu? E os Hunos? E a influência das populações Saami (os Lapões) na Escandinávia? Vê que tal nunca é afirmado ou tratado nos artigos respectivos...A questão é que se fores a esses artigos equivalentes para outros povos europeus, particularmente do norte da Europa, tais referências nunca estão presentes! Repara que muito poderia ser dito sobre a entrada de africanos sub-saharianos no património genético europeu (vê, por exemplo Sub-Saharan DNA admixture in Europe), a questão é saber porque tais referências, tal como a dos judeus, são sistemáticamente apagadas dos artigos sobre os outros povos e sistematicamente afirmadas para os Portugueses! Está aqui presente uma estratégia discursiva que, mesmo que não conscientemente e de maneira absolutamente independente de quaisquer raciocínios racistas (coisa que não afirmo de forma alguma que estejas a fazer, repara!), pretende diminuir o carácter europeu e até "branco" (tanto quanto uma categoria destas pode ser utilizada...) dos portugueses (bem como muitas vezes de outros povos do sul da Europa, quantas vezes ainda hoje categorizados como "Mediterrânicos", uma categoria da análise antropo-biológica absolutamente ultrapassada e que agrega os europeus do sul, separando-os no norte e centro europeu, com não só as populações norte-africanas, até ao Sudão!, mas também do médio oriente e sub-continente indiano...). É por isso que no artigo Moors se discutiu até à exaustão se os Mouros eram ou não negros. Ou no artigo sobre o Hannibal Barca se teve de travar uma árdua batalha, quer contra racistas nordicistas quer contra racistas afrocentristas, para afirmar o óbvio - que o Aníbal Barca era um Cartaginês Norte-Africano de origem Fenícia e não um negro de origem sub-sahariana! Percebes o que estou a tentar dizer? Não nego a presença de judeus em Portugal e da assimilação de muitos deles (como em muitos outros países europeus!). Não nego a presença de negros em Portugal (embora não haja consenso histórico até hoje, desde os números exorbitantes apresentados pelo Tinhorão a estimativas muito mais conservadoras e regionalizadas apresentadas por quase todos os outros historiadores), mesmo que em maior número do que noutros países europeus (particularmente aqueles que não tiveram contacto colonial), como não nego a sua assimilação/absorção. Não creio é que essas afirmações possam ser lidas fora do seu historial discursivo e discriminatório. Por tais razões vou alterar mais uma vez as tuas afirmações. Peço-te, caso mantenhas a tua visão, que a discutas comigo antes de procederes a mais alterações.

Creio, para esta discussão, que os estudos genéticos que têm sido levados a cabo sobre as populações europeias são bastante relevantes. Tens consciência, e perdoa-me se declaro algo que para ti é óbvio, de que a análise das linhagens do Cromossoma Y e do ADN Mitocôndrial têm vindo a revelar a porfunda homogeneidade relativa dos europeus, particularmente dos europeus ocidentais (da fachada atlântica). E que os marcadores genéticos de cerca de 70% dos europeus ocidentais são de origem Ibérica? Vê, por favor e caso te interesse, os artigos Human Y-chromosome DNA haplogroups, Haplogroup R1b (Y-DNA), Human mitochondrial DNA haplogroups e Haplogroup H (mtDNA), entre muitos outros cujas hiper-ligações poderás seguir se te aprover.

The Ogre 14:27, 19 October 2006 (UTC)Reply