Los Lunas Decalogue Stone in situ in 1997

A "Pedra do Decálogo de Los Lunas" é um grande pedra ao lado da Montanha Escondida, próximo a Los Lunas, Novo México, que possui uma inscrição bastante uniforme entalhada em um painel plano. [1] A pedra também é conhecida como "A Pedra Misteriosa de Los Lunas" ou "Rocha do Mandamento". A inscrição é considerada como sendo uma versão resumida do Decálogo ou Dez Mandamentos em uma forma de Paleo-Hebraico.[2] Um grupo de letras parecendo o tetragrama YHWH, ou "Yaweh" (que significa "Jeová"), aparece três vezes. A pedra é controversa pois muitos acreditam que a inscrição seja Pré-Colombiana, e consequentemente prova a existência de um contato trans-oceânico e Pré-Colombiano dos antigos Semitas com as Américas. [3]

História edit

A primeira menção da pedra de que se tem registro foi em 1933, quando o falecido professor Frank Hibben (1910-2002), um arqueólogo da Universidade do Novo México, a viu.[4] De acordo com uma entrevista de 1996, Hibben estava "convencido de que a inscrição era antiga, e assim, autêntica. Ele informou que primeiro viu o texto em 1933. Na época ela era coberta por líquen e pátina e estava dificilmente visível. Ele foi levado ao local por um guia que a havia visto enquanto criança por volta de 1880." [5] Entretanto, o testemunho de Hibben é manchado por acusações de que em pelo menos dois incidentes distintos ele tenha fabricado algum ou todos os seus dados arqueológicos para apoiar sua teoria da migração Pré-Clovis. [6][7][8]

A referência da data de descoberta de 1880 é importante para aqueles que acreditam que a pedra seja pré-colombiana. Entretanto, a escrita Paleo-Hebraica, que é intimamente relacionada com a escrita fenícia, era bem conhecida no início de 1870, não impedindo assim a possibilidade de um "trote" moderno. [9]

Por causa do peso da pedra de mais de 80 toneladas, ela nunca foi movida para um museu ou laboratório para estudo e custódia. Muitos visitantes têm limpado as inscrições da pedra através dos anos, destruindo provavelmente qualquer possibilidade de análise científica das pátina nas inscrições. Apesar disso, comparando-as com uma inscrição moderna próxima, o geologista Geroge E. Morehouse, um colega de BArry Fell, estimou que a inscrição pode ter entre 500 e 2000 anos de idade explicando seu vigor e falta de pátina como consequência do constante polimento para mantê-la mais visível.[10]

Em Abril de 2006, a primeira linha desprotegida da inscrição foi apagada por vândalos.

Visitantes do local são solicitados a comprar uma "Permissão de Acesso Recreativo" no valor de 25 dólares do governo do Novo México.

 
Los Lunas Decalogue Stone after 2006 vandalization of first line

Controvérsia edit

 
Modern Samaritan mezuzah over doorway. Kiryat Luza, Mount Gerizim.

O Arqueolinguista Cyrus Gordon propôe que o Decálogo de Los Lunas seja uma Mezuzá Samaritana. [11] A mezuzá judaica familiar é um pequeno rolo inserido em um pequeno contêiner instalado na entrada de uma casa. A antiga mezuzá Samaritana, por outro lado, era comumente uma grande laje de pedra colocada próxima à porta de entrada de uma propriedade ou sinagoga, e contendo uma versão resumida do Decálogo. Na área histórica e epigráfica, Gordon considera o período Bizantino como o mais provável para a inscrição. O alfabeto Samaritano é um descendente direto do alfabeto Paleo-Hebraico.

Um argumento contra a antiguidade da pedra é o uso aparente de pontuação Hebraica moderna (ou de forma atípica),[12] apesar do epígrafo amador Barry Fell ter argumentado que a pontuação é consistente com sua antiguidade. [13] Outros pesquisadores repudiam a inscrição baseado em inúmeros erros estilísticos e gramáticos que aparecem nela. [12]

De acordo com o arqueologista Kenneth Feder, "a pedra é quase que certamente falsa". Ele aponta que "a face plana da pedra apresenta uma inscrição muito aguda, áspera..." Sua maior preocupação entretanto é com a falta de qualquer contexto arqueológico. Ele argumenta que para chegar ao local da pedra seria necessário que quem quer que a tenha escrito tenha "parado durante o caminho, acampado, comido, quebrado algo, deixado lixo, praticado rituais, e assim por diante. E essas ações deveriam ter deixado um rastro de evidência arqueológica física através do grande Sudoeste Americano, descoberta a qual iria inegavelmente provar a existência de estrangeiros no Novo México na antiguidade com um demonstrável material da antiga cultura Hebraica..." e afirma que "Não existem assentamentos Hebraico pré-colombianos, nem locais contendo detritos cotidianos de um bando de Hebreus antigos, nada que mesmo um conhecimento superficial das formas de registro arqueológicos exigem haveria. De um ponto de vista arqueológico, isto é simplesmente impossível."[14]


Marcos Similares edit

O Decálogo de Los Lunas é frequentemente associado às Runas de Kensington, À Rocha de Dighton e à Torre de Newport como exemplos de marcos americanos de procedência disputada. Outras inscrições Américo-Hebraica disputadas incluem a "Inscrição de Bat Creek" e as "Pedras do Decálogo de Newark, Keystone e a Pedra Johnson-Bradner".

Veja Também edit

Notas edit

  1. ^ NM State Land Office Mystery Stone webpage
  2. ^ Deal (1999) oferece uma transcrição cuidadosa e tradução palavra-por-palavra. Uma tradução semelhante é fornecida por Neuhoff e Fox (1999).
  3. ^ This claim is made, e.g., by Fell (1980, p. 167), Gordon (1995), Deal (1999) and Tabor (1997).
  4. ^ Feder (2011, p. 160) afirma que a existência da pedra foi relatada em um impresso, mas não dá referência.
  5. ^ Tabor (1997). Tabor é um Professor no Departamento de Estudos Religiosos, Universidade da Carolina do NOrte - Charlotte.
  6. ^ Preston (1995).
  7. ^ Bliss (1940).
  8. ^ Dalton (2003).
  9. ^ Webster (1870, pp. 1766-67) providencia uma tabuleta do alfabeto Fenício, Antigo Hebraico e Samaritano razoavelmente completa, apesar de antiquada.
  10. ^ Morehouse, George E.; "The Los Lunas Inscriptions, a Geological Study," Epigraphic Society, Occasional Publications, 13:44, 1985.
  11. ^ Gordon (1995).
  12. ^ a b "The Los Lunas Inscription". Bad Archaeology. Retrieved 15 January 2014.
  13. ^ Fell (1985).
  14. ^ Feder (2011, pp. 159-62).

Referências edit

Links Externos edit