Ainda na escola primária, enquanto as outras crianças da sua idade pensavam em “dar toques na bola”, Jorge Vadio apaixonou-se pelas guitarras eléctricas. Tinha apenas 8 anos. A mãe foi a primeira a perceber que este seria “um romance” para a vida e ofereceu-lhe a primeira guitarra.

Três anos depois criou com os amigos a banda VICHES, com música hard-rock cantada em inglês e mais tarde também em português. Actuaram por todo o concelho de Mafra, nas escolas, sempre captando a atenção de quem os ouvia, não fossem eles um grupo de enfants terribles, com pouco gosto pelos estudos académicos mas devotos à sua música.

Mais tarde, com alguns dos elementos desta formação, avança com um novo projecto: os Almas do Convento. Com temas cantados em português, numa mistura de pop rock e música electrónica, lançam dois álbuns e optam por seguir caminhos separados. Foi aí que Jorge Vadio decidiu apostar numa carreira a solo. Procurou um professor de canto, Rui Matos – dos mais conceituados em Portugal – e aperfeiçoou a sua arte. Aos 29 anos estuda novas referências e encontra a sua inspiração na música tradicional portuguesa.

Grava uma maqueta com 13 temas, que faz circular pelo meio artístico, nomeadamente o seu professor de canto. Rui Matos entrega-a a Rui Veloso, a quem também dava aulas de canto. O cantor adorou o projecto. Jorge Vadio recorda o episódio: “Quando entreguei as maquetas, esqueci-me de colocar os meus contactos e o Rui Veloso, que recebe inúmeros trabalhos de diversos artistas que se querem lançar, gostou do que ouviu. Mas a única indicação que tinha era de que o trabalho era de Jorge Vadio. Passou-se algum tempo até que se conseguisse lembrar de quem lhe tinha passado o CD e conseguir chegar à fala comigo…!” E assim foi. Certo dia Jorge Vadio recebe aquela chamada que pode fazer mudar o destino. Do outro lado da linha, Rui Veloso, que se preparava para arrancar com uma editora discográfica própria, queria conhecê-lo. “Estava muito nervoso mas o Rui deixou-me à vontade. Disse-me que queria produzir o meu trabalho. Foi um sonho tornado realidade e o álbum foi editado com a participação de excelentes músicos em estúdio”, recorda.

O álbum “Anjos da Noite” foi lançado em 2005. Temas como Gato Preto e Vem Amar Lisboa, integram as bandas sonoras das telenovelas Fascínios e Flor do Mar, respectivamente. De lá para cá, andou pelo País a promover o trabalho e a dar-se a conhecer.

Entretanto, a editora de Rui Veloso passou por uma reestruturação interna e o músico concelhio acabou por lançar o segundo disco “Circo do Vadio” pela editora Ovação, com a sua própria produção, nos estúdios de Rui Veloso, com quem cantou em dueto o tema O Homem do Campo. Neste trabalho destacam-se os instrumentos tradicionais portugueses – como a guitarra campaniça ou o adufe – e as participações especiais de Nuno Flores (ex-Corvos), no violino, Nana Sousa Dias, no saxofone, Zé Emídio (Adiafa), na guitarra campaniça, e Berg, nos coros. Os temas " Noites quentes " " O Homem do campo " e " Estrela do meu ceu " Fizeram parte de bandas sonoras de telenovelas da TVI.

m 2006, Vadio passa do palco de música ao palco de teatro, como director musical da peça “O Marques de Pombal”, de Francisco Moita Flores, que esteve em cena no teatro Independente de Oeiras, com músicas de Rui Veloso, João Gil e do próprio. “Dirigi e trabalhei a parte vocal de actores como Daniela Ruah, Rita Ribeiro, Igor Sampaio, Rita Viegas e outros actores de renome.

Hoje, Jorge Vadio dedica-se à música a cem por cento. E é o que tem feito nos últimos anos. Desdobra-se em espectáculos na “Circo do Vadio Tour” onde passou por varios países da Europa, e é acompanhado pelos músicos Tiago Oliveira, na guitarra clássica, Carlos Lopes, no acordeão, João Mouzinho, na bateria, Ciro Bertini, na guitarra baixo e Carlos Mil Homens, na percussão. O músico participou também no concerto comemorativo dos 25 anos de carreira de Rui Veloso, onde partilhou o palco com grandes nomes da música portuguesa, como Mariza, Rio Grande e Luz Casal, Vitorino e Rui Veloso são aliás duas referências incontornáveis onde bebe inspiração.

As raízes tradicionais da música portuguesas fascinam-lhe. Do outro lado do Oceano, Caetano Veloso, os ritmos cubanos e da Bossa Nova. Num registo internacional admira o trabalho de David Byrne,David Bowie, Peter hammill, entre outros.

Depois de mais 8 musicas fazerem parte de bandas sonoras das telenovelas da TVI, em que resultarão 5 copilacções em CDs.

No dia 1 de Junho de 2013 Jorge Vadio edita o seu terceiro álbum " Rumo a Oeste " e estreia-se pela primeira vez no Coliseu dos recreios de Lisboa onde tem como convidados especiais Jorge Palma, a atriz e cantora Silvia Filipe e To Zé Santos como os instrumentistas o pianista Paulo Borges e a violinista Angélica Caetano. No mesmo ano toca no Luxemburgo na Fabrik Culture no festival Portugal pop onde partilha o palco com Jorge Palma , Rui Reinhinho, Lucia Moniz entre outros .

Em Maio de 2014 inicia a sua tourné " Rumo a Oeste " numa digressão 8 espectáculos nos Estados Unidos que começou no mês de Maio, onde passou por Newark e Nova York . Nesta passagem por Nova Iorque Jorge Vadio conheceu o Pianista Mike Garson, mais conhecido por ser musico de David Bowie, e ter tocado com bandas como Nine Inch Nails, Billy Corgan, Free Flight, and The Smashing Pumpkins. Ambos gravaram dois temas em Nova Iorque, a música de David Bowie Life on Mars versão Portuguesa " Vida em Marte " Jorge Vadio and Mike Garson foi escolhida para o primeiro single que foi editado a 5 de Dezembro de 2014 em formato digital em mais de 160 lojas online.

Em 2015 volta a Nova Iorque e faz uma digressão de 12 espectáculos em salas emblemáticas como : Zinc bar, Nublu, Living Room entre outras, e volta a gravar com o pianista Mike Garson e o percussionista Nigeriano Kofo The Wonderman.

No dia 27 de Maio de 2016 edita o seu quarto Álbum de originais "No outro lado do Mundo"

As suas composições originais, a forma como canta e o seu timbre vocal unico, fazem de Jorge Vadio o presente e o futuro da musica popular Portuguêsa.